Entrevista a Ervilha no Flash-Interview

Repórter: Boa tarde Ervilha, mais um jogo em grande, esta tarde. Considera-se o elemento em destaque desta temporada, na equipa?

Ervilha: Bem, digamos que ao entrar nesta equipa encontrei um balneário bem menos "católico" que o outro. Não só pelo facto de haver muita critica directa a seguir aos jogos, mas também porque é sempre estranho mudar de uma equipa com nome de Papa para uma equipa com nome de Nacional-Renovador.

R: Considera então que a sua transferência teve origem em questões políticas, ou seja, abandonou uma direita moderada para ingressar no puro extremismo?

E: Nem pensar! Alias se formos a ver eu até continuei mesmo a jogar no meio do campo. Só que antes jogava na baliza e agora passei a ser artilheiro. Pode se dizer que em campo sou mesmo um centrista, e a politica não se deve misturar com o futebol.

R: Como foi trocar da baliza para o ataque? Considera-se um predestinado que actua com distinção em qualquer forma do campo?

E: Digamos que tenho uma forma de jogar que dá nas vistas. Se estou na baliza, vou fazendo algumas defesas para a fotografia, se estou no ataque concluo com eficácia as oportunidades que a equipa cria.

R: De onde provem então esse seu instinto matador? Há quem lhe chame o "Sansão" da FEP League já que juram que a sua força também vem do cabelo.

E: É assim, o facto de eu usar um longo cabelo não é, como muitos referiam, para fazer concorrência ao Silas. De cabelos grandes e pintados percebe ele. O meu é muito natural perante aquela preciosidade. Agora, realmente o cabelo é usado para desfeitiar o adversário! O adversário olha para mim, vê me escondido atrás do meu farto cabelo, ouve o meu nome, e pensa: "Este está em estado vegetativo, não se mexe mais" e deixam de me marcar. E assim, quando eles não estão a olhar para mim, eu meto a minha franja para cima, fito o guarda-redes nos olhos e atiro a matar.

R: Então quer dizer que o seu olhar intimida o "keeper" adversário?

E: Sim, digamos que como não permito a nenhum adversário ver os meus olhos durante o jogo, quando eu levanto a minha franja para cima, e faço um olhar maléfico, o guarda-redes fica completamente desconcentrado.

R: Há quem diga que a sua força no jogo de hoje, foi uma Super Bock que estava na bancada, a qual se foi abastecendo durante o encontro, confirma?

E: De facto, neste jogo substitui a bomba pela garrafa de cerveja e pelos vistos deu bastante resultado. Prometo, pedir sempre a um amigo meu que me traga uma garrafa para a bancada, em cada jogo.

R: Foi por isso então que na noite anterior ao jogo, foi visto numa festa de sociedade, na Faculdade de Economia já um pouco embriagado, à custa de um vinho de mediana qualidade?

E: Embriagado? Eu estive sempre a treinar o Ivo! Sempre que passava por ele dizia: "Ivo, para a direita, para a esquerda, para o meio"

R: E agora qual o seu futuro? Há quem diga que tem propostas de equipas da Faculdade de Economia de Florença, de Zagreb, de Cracóvia e de Oslo, mas que está mais perto de aceitar a mudança para os Texas? Confirma?

E: Bem, depois de uma época como esta é normal estar referenciado por vários clubes. No entanto, prefiro deixar o meu futuro a cargo do meu empresário, Ruano. Tenho a certeza que ele decidirá o que fôr melhor para mim.

R: Muito obrigado pela disponibilidade, Ervilha.